SOFRO COM O LÚPUS

SOFRO COM O LÚPUS

domingo, 25 de março de 2012

DEPOIMENTO DE UMA LÚPICA

Luciane Figueira

Depoimento sobre Lúpus

Depoimento sobre Lúpu
No final de sua adolescência, Kathy Kovacs parecia ter tudo a seu favor. Fizera vários bicos como modelo. Ganhou ganhar onze títulos importantes ao concorrer em concursos de beleza, inclusive “Miss Henry Ford College 1966-67″ e “Miss Nações Unidas 1966-67″. E o romance também não demorou. Kathy começou a namorar Dave Kovacs, um estudante de medicina que tornou-se seu marido depois de se formar. Naqueles dias, porém, Deus não era parte da vida de Kathy e Dave.
Eles viviam e amavam como muitos outros jovens de sua idade e com o seu background. Ela engravidou antes deles se casarem, e eles optaram por um aborto. O seu estilo de vida – pelo menos na época – não parecia interferir com a sua felicidade. Depois do casamento, se estabeleceram em Three Rivers, Michigan, onde Dave começou a praticar a medicina em casos de emergência e traumatismo.
O futuro dessa linda jovem e seu talentoso marido pareciam promissor. Mas aí as coisas começaram a dar errado. Nos primeiros anos de casamento, Kathy começou a sentir dores de artrite nas juntas. Em pouco tempo, as dores aumentaram e as juntas começaram a inchar muito. Apesar desses problemas físicos, Kathy queria muito ter filhos, e logo ficou grávida. Mas acabou perdendo o bebê e teve dificuldade para voltar a conceber. Com o seu conhecimento médico, Dave suspeitou que algo estivesse muito errado com Kathy, então começou a fazer exames de laboratório. Ele logo descobriu evidências de lúpus eritematoso sistêmico, uma doença inflamatória do tecido conectivo que sustenta e protege todas as partes do corpo. O lúpus faz com que o sistema imunológico pare de funcionar corretamente e produza anticorpos que atacam tecidos saudáveis.
Arrasado, Dave decidiu verificar com um especialista, que lhe disse que isso podia ser um falso alarme. Por isso, Dave decidiu não falar de suas suspeitas a Kathy. Dizia sobre a sua doença: “Você tem um tipo de artrite não especificado”. O casal continuou querendo ter filhos continuou tentando. “Depois de muito tentar, finalmente concebi”, disse Kathy. “Dei à luz um menino saudável em setembro de 1974, e o nosso segundo filho nasceu em julho de 1976.” Na primeira gravidez, as complicações foram mínimas, e os médicos ainda não tinham certeza se ela tinha lúpus. Na segunda gravidez, porém, houve mais problemas. Na verdade, Kathy temia não ter condições de levar a gravidez a cabo. Ela conseguiu dar à luz, mas umas seis semanas depois ficaram doentes com lúpus incurável.
Os sintomas eram fatais: seus rins estavam sendo gradualmente danificadas, as dores artríticas eram insuportáveis e começaram a aparecer lesões no rosto e outras partes de seu corpo, bem como tremenda fadiga. Quando Dave e seu médico a informaram, ela ficou arrasada e zangada por Dave não ter lhe contado antes que suspeitava da doença. “Não sei se conseguem imaginar como eu me sentia”, diz agora. “Até então, a minha saúde tinha sido relativamente boa e conseguira dar à luz meu segundo filho. Aí vi o meu corpo se degenerar ao ponto de estar sofrendo dores constantes, juntas inflamadas e enorme fadiga. Lembro-me do horror que senti quando me disseram que estava incuravelmente doente, e que mesmo que conseguisse fazer a doença parar de progredir, estaria doente e seria afligida o resto de minha vida.” A esta altura, Kathy estava super deprimida e desencorajada. Ela estivera casada há apenas seis anos, mas sentia-se doente e cansada o tempo inteiro. Não conseguia fazer o que queria fazer pelos seus dois meninos. Mesmo assim, não desistiu. Para descobrir mais sobre a doença, começou a estudar os livros de medicina de Dave. Depois de lê-los, disse que percebeu que não havia cura para lúpus, só drogas e mais drogas, medo e mais medo, e a incerteza do que aconteceria no dia seguinte.
Na tentativa de encontrar uma solução, Dave e Kathy foram de médico em médico, mas nenhum deles tinha um tratamento adequado para oferecer. Então Dave decidiu tratá-lá mesmo. Começou a dar-lhe doses massivas de diversas drogas, muitas das quais tiveram efeitos colaterais desagradáveis. Antes de adoecer, Kathy era super obcecada com a sua aparência, tanto que se recusava a aparecer em público – nem sequer para convidados em casa – sem se maquiar e fazer um penteado, processo que chegava há levar duas horas. Agora, a sua aparência, antes tão estimada, desvanecera. A dosagem de drogas era tão alta neste período que ela sofria de dores de cabeça excruciantes. Mas imagino que o pior era que, com o avanço da doença, ela ficou impossibilitada de pensar e raciocinar claramente. Às vezes esquecia seu próprio nome e endereço; sua fala era embaralhada e muitas vezes não podia sair de casa porque a luz do sol lhe causava mais complicações.
Kathy continuou procurando respostas, mas a esperança se esvaía gradualmente. Ela se lembra de perguntar a Dave: “Quanto tempo vou durar?” Mas ele não respondia, e ela sabia o que isso significava. O desespero tomou conta dela e ela se perguntava se valia à pena continuar vivendo: “O sofrimento e a tortura mental eram intensos demais”, recorda. “O tormento de me ver completamente desfigurada e de estar cansada e fraca demais para cuidar do meu bebê. Além disso, dói saber que você provavelmente vai ser substituída como esposa e mãe. Não é por não querer que o seu marido se case novamente, mas sim querer ser a mulher a partilhar da vida dele e a mãe de seus filhos.
“Mas aí uma mudança começou a ocorrer, uma mudança verdadeiramente miraculosa, iniciada por uma fé que finalmente começou a ajudá-la a reconstruir a sua vida. Seguem-se os passos de fé que Kathy deu enquanto constante e sistematicamente desenvolvia um relacionamento de cura com Deus:
1º passo: Outras pessoas estavam orando por ela. Kathy se lembra que mesmo quando estava mais doente, as pessoas lhe diziam que estavam orando pela sua recuperação. “Eu não conhecia o Senhor, e quando as pessoas diziam que estavam orando por mim, eu pensava: ‘Legal, mas o que é que ganho com isso? ‘ Até então, o meu conceito de Deus. Era o de um Deus distante: se você fosse bom, ia pro Céu, se fosse mau, ia pro inferno.”
2º passo: Kathy começou a procurar por Deus. Ela se lembra que o ponto mais baixo em sua vida foi quando “estava sendo confrontada com várias doenças que ninguém na terra podia curar e quebrada de todas as formas possíveis, física e mentalmente.” Só quando chegou a este quebrantamento é que, por alguma razão, começou a compreender o amor de Deus. Enquanto a sua condição piorava, começou uma “busca por Cristo, um Cristo que eu nem sabia que existia”. Ela viu programas religiosos na televisão, escutou música cristã e leu a Bíblia. Aí começou a perceber sem sombra de dúvida que “precisava de um milagre que só podia vir das mãos de Deus”. “Eu estava começando a entender que Jesus existe mesmo nessa Terra, e quer que eu seja saudável. Vi que, no meu caso, estava doente porque estava fora do círculo de proteção de Deus.”
3º passo: Embora ainda estivesse buscando a Deus, teve fé suficiente para pedir-Lhe “o melhor” para si mesma. Isto é, orou para ser completamente curada, sem restar nenhum vestígio!
4º passo: Kathy percebeu que a solução para todos os seus problemas estava no plano de salvação de Deus, aceitando Jesus Cristo como seu Salvador, então entregou o coração e a vida ao Senhor.
5º passo: Kathy confessou seus pecados do passado e do presente, e pediu perdão. Tanto Kathy como Dave sabiam lá no fundo que o aborto que fizeram antes de se casarem fora errado. Mas, na época em que aconteceu, iam ter um grande casamento e simplesmente não queriam estragar seus planos tendo ela grávida na ocasião. De modo que escolheram o que julgaram ser a “saída fácil”, para escapar desse dilema. Depois de entregar o coração ao Senhor, Kathy reconheceu que estivera errada nisso. Ela também pediu perdão pelo seu rancor e ressentimento contra o seu marido por não lhe contar a verdade sobre a sua doença assim que suspeitou. Ela tentara perdoar e esquecer, mas só o poder do Espírito Santo pôde curar suas mágoas e memórias.
6º passo: Outro cristão orou pela cura dela, e ela agiu segundo essa oração por fé. Um ministro que ela conhecia lhe ligou. Ela se lembra que durante a conversa, ele ordenou a Satanás que a deixasse e orou para que ela fosse restaurada como se a doença nunca tivesse entrado em seu corpo. Ele também lhe deu algumas Escrituras para memorizar e disse-lhe para ir lá para baixo falar para o seu marido que estava curada. Obediente, ela desceu e disse a Dave que estava curada, apesar de achar que ele provavelmente a consideraria louca.
7º passo: Deus lhe deu um sinal físico de que Ele a estava curando. Segundos depois de ela ter informado ao marido de que fora curada, Kathy diz que sentiu “um calor morno, mas intenso no fundo do meu ombro. Ele durou uns cinco minutos e depois desapareceu. Foi lindo, e daquele momento em diante, perdi quase todo o temor de morrer ou não voltar a ser normal. Deus tocara o meu corpo, sabia disso!”
8º passo: Ela estudou as Escrituras, procurando passagens e promessas sobre cura. Devido à sua doença, disse que a única informação que conseguia reter eram as Escrituras. Nem conseguia lembrar-se de seu nome e endereço, mas Deus permitiu que a Sua Palavra se fixasse em seu coração e mente.
9º passo: Kathy preencheu seu tempo com pensamentos e atividades espiritualmente edificantes. Ela diz que orava constantemente e tocava fitas sobre cura e obstáculos à cura. Como uma jovem cristã, estava ciente de que tinha muito a aprender. Queria mais que tudo entender como andar em fé, como acreditar na Palavra e nas promessas de Deus, mesmo que não visse resultados físicos imediatos. Ela descobriu que isso ficava mais fácil quando se concentrava em versículos, fitas e livros edificantes.
10º passo: Parece que quanto mais nos rodeamos de cristãos que oram, mais poder espiritual pode gerar para realizar milagres. No caso de Kathy, ela recebeu mais poder de oração quando sua mãe orou para receber Jesus. Pouco depois de se dedicar, sua mãe e outros cristãos impuseram as mãos em Kathy sete vezes. A mãe de Kathy queria que impusessem as mãos nela seis vezes, uma por cada moléstia que observara em Kathy. Ela também pediu que impusessem as mãos em Kathy uma sétima vez para pedirem que Deus desse à sua filha um dom especial de fé para que acreditasse que podia mesmo ser curada. Além do mais, diz Kathy, Deus deu uma resposta definitiva: “Ele me deu o tal dom de fé: uma fé que podia mover a minha montanha de doença.” Como estava cheia do Espírito Santo, sentiu novas esperanças surgirem dentro de si como resultado das ações de sua mãe.
11º passo: Kathy começou a clamar as promessas nas Escrituras. Sua fé se desenvolveu, provavelmente como resultado do dom de fé que recebera devido ao que sua mãe fizera por ela, bem como devido ao seu fiel e diligente estudo, absorção e concentração na Palavra de Deus. Enquanto lia a Bíblia – o que fazia regularmente – começou a se concentrar em certas promessas, e não hesitou em pedir que Deus as cumprisse. É importante lembrar que mesmo depois de tudo isso, Kathy ainda estava bastante doente. Porém, apesar do modo como se sentia e da sua aparência por causa do lúpus, continuou dependendo das promessas de Deus. E acreditou por fé que já tinha sido curada. “Não era uma questão do poder do pensamento positivo, nem de mente sobre a matéria”, observou, “em vez disso, é uma afirmação positiva do que diz a Palavra de Deus, é permitir que o poder e a cura de Deus fluam”.
12º passo: Quando exames médicos mostraram que a cura começara, Kathy imediatamente passou a confiar mais ainda em Deus. Finalmente, chegou o dia tão esperado, quando os testes de laboratório começaram a mostrar resultados normais. Com isso, o médico começou a diminuir as doses das drogas. No entanto, logo depois dessa boa notícia, Kathy demonstrou disposição para dar mais um passo de fé: ela sentia que o Senhor queria que ela parasse completamente de tomar os remédios. Ela, porém, ainda demonstrou cautela. Antes de fazer isso, perguntou a Dave sua opinião médica do que aconteceria se ela ignorasse as drogas. — Se você ficar curada, não tem nada a temer. — disse ele despreocupadamente. — Caso contrário, a falta dos remédios fará com que a doença volte e seja resistente às drogas, tornando-as inúteis. Seu corpo não sobreviveria a outro acometimento, e você morreria. Uma análise bem simples e direta da sua situação. Ela, porém, decidiu seguir seus instintos e livrar-se das drogas. Aí, se continuasse melhorando: “Saberia que estava curada, e não só em remissão.” O fato importante é que Kathy sabia sem sombra de dúvida que Deus lhe dissera que ela estava curada e não precisava mais de drogas. Então ela seguiu aquele pressentimento, e Deus a susteve. “Depois que parei de tomar as drogas, não senti mais necessidade de dormir sestas e tinha mais forças e energia do que jamais tivera”, disse ela.
13º passo: Ela continuou louvando a Deus e confiando nEle durante sua cura final. Alguns dos sintomas e efeitos colaterais das drogas duraram muito tempo depois das drogas terem sido eliminadas, mas Kathy continuou confiando que tudo seria eliminado eventualmente. “Podia regozijar-me no conhecimento de que o meu Deus não me falharia deixando-me parcialmente curada”, disse com confiança. Dois ou três meses depois, ela ainda louvava e agradecia a Deus pela cura completa que sabia que viria quando as lesões cutâneas que sofrera desapareceram, quase que da noite para o dia! Pela primeira vez em cerca de dois anos, Kathy tinha uma pele saudável e macia. Agora, os outros efeitos do lúpus também desapareceram. O cabelo de Kathy é mais escuro, mais grosso e mais encaracolado do que nunca, e a sua visão e audição estão completamente normalizadas. “E além disso, não sinto dores, artrite nem fadiga”, diz. “Glória a Deus!” Depois do último exame, Kathy compartilhou sua fé de que Jesus a curara com o seu médico, especialista e enfermeiras. Ela lhes disse claramente que Jesus a curara. Aí, quando saiu para o estacionamento, encheu-se de uma imensa alegria. “Fiquei lá quietinha, chorando à beça. Sabia que Deus me escolhera para viver, para ser saudável para a Sua glória.” Quase que involuntariamente, seu coração e mente diziam: “Terminou; está acabado. A batalha foi ganha, pois Cristo ganhou a vitória por mim.
” A vitória de Kathy parece ter sido resultado do desenvolvimento gradual de uma fundação inabalável de fé. Se ela tivesse sido curada rapidamente, provavelmente nunca teria feito as mudanças benéficas que fez nem crescido em espírito. Por isso, Deus aparentemente usou este método gradual para edificar a vida espiritual dela ao mesmo tempo em que curava seu corpo.
(Observação do editor: É bom lembrar disso e não ficarmos desencorajados se não formos curados instantaneamente, visto que o Senhor pode ter uma razão muito boa para não remover todos os sintomas imediatamente. Agora Ele está enfatizando milagres de cura porque quer nos encorajar nesta área, visto que está ampliando os nossos dons de cura. Se Ele, entretanto, tiver outro plano, todas as promessas nas Cartas sobre a Sua bondade, onisciência e amor interminável por nós ainda são válidas.
Ainda podemos confiar nEle, aconteça o que acontecer na nossa vida depois de termos orado por cura. Ele vai nos guardar e cuidar de nós, mesmo se para isso tiver que nos levar para o Céu, onde pode nos dar o melhor cuidado amoroso possível. Às vezes não sabemos em que direção Ele está guiando, e começamos a nos perguntar: Devo lutar para ser curado na Terra? Ou devo preparar-me para ir para o Céu e continuar servindo o Senhor de lá?
É maravilhoso termos o dom de profecia e podermos pedir-Lhe orientação. O Senhor disse que alguns de nós iremos para o Céu antes dEle voltar, e que essa é a Sua linda e perfeita vontade. Então, caso essa seja a vontade dEle, seria melhor não resistirmos, e até ajudaria saber de antemão, porque muitas vezes há muitos preparativos que podemos fazer se vamos ir para junto de Jesus.
Muitas pessoas hesitam em perguntar ao Senhor se é a vontade dEle para elas irem pro Céu, mas aqueles na Família que perguntaram tiveram momentos lindos no final da sua vida na Terra, por Ele tê-los enchido de paz e assegurado-os de que cuidaria tanto deles como de seus amados uma vez que fossem para Cima estar com Ele. Por isso, é uma grande ajuda podermos pedir-Lhe orientações quanto a como orar, como proceder e para o que ter fé.
Ele tem os segredos do universo e, no Seu amor, pode compartilhá-los conosco para que sintamos a sua orientação e direcionamento amorosos em tempos de enfermidade, ou até mesmo ao irmos para a nossa recompensa no Céu. Se acha que não pode ouvir o Senhor claramente, o bastante para receber uma mensagem dizendo se vai ser curado ou se vai morrer, peça a um amigo que tenha mais experiência no uso de profecia para perguntar por você.
Aí espere confiante pela confirmação da vontade do Senhor através dos meios que Ele nos mostrou para a descobrirmos.)

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