O lúpus neonatal é uma doença rara do feto, adquirida durante a gestação,
através da passagem através da placenta, de auto-anticorpos específicos da mãe.
Os auto-anticorpos específicos associados ao lúpus neonatal são conhecidos como
os anticorpos anti-Ro e anti-La, que estão presentes em cerca de um terço dos
doentes com LÚPUS ERITEMATOSO SISTÉMICO, embora muitas mães com estes anticorpos
não tenham filhos com lúpus neonatal. Por outro lado, o lúpus neonatal existe
nos filhos de grávidas sem lúpus.
O lúpus neonatal é diferente do LES. Na
maioria dos casos, os sintomas de lúpus neonatal desaparecem espontâneamente
quando a criança atinge os 3 a 6 meses de idade, não deixando quais quer
sequelas. O sintoma mais comum é a existência de erupção cutânea, que surge
alguns dias ou semanas após o nascimento, em especial depois de haver exposição
à luz solar. A erupção cutânea do lúpus neonatal é transitória e, em geral, cura
sem deixar cicratizes. O segundo sintoma mais comum é uma contagem anormal dos
componentes do sangue, que raras vezes é grave e tende a resolver-se ao longo de
diversas semanas, sem necessidade de tratamento.
Só muito raramente ocorre um
tipo especial de anomalia do bater do coração, conhecida como bloqueio cardíaco
congénito. Neste, o bébé tem uma pulsação anormalmente lenta. Esta anomalia é
permanente e pode muitas vezes ser diagnosticada entre a 15ª e a 25ª semanas de
gravidez, através do ultra-som cardíaco. Em alguns casos, é possivel tratar a
doença no bébé ainda não nascido. Depois do nascimento, muitas crianças com
bloqueio cardíaco congénito requerem a inserção de um pacemaker. Se uma mãe já
teve um filho com este problema, há aproximadamente 10 a 15% de risco de ter
outra criança com o mesmo problema.
As crianças com lúpus neonatal crescem e
desenvolvem-se normalmente. Há apenas uma pequena possibilidade de virem a ter
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÉMICO numa fase mais avançada da vida
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